Cannabis no tratamento de epilepsia: o que dizem os estudos?
Afinal, a cannabis no tratamento de epilepsia possui realmente evidência científica?
Entre as doenças beneficiadas pela cannabis medicinal, as crises epilépticas são as mais conhecidas.
Mas, algumas pessoas ainda têm dúvidas se realmente a substância auxilia na melhora dos sintomas apresentados pelos pacientes. Venha conosco nesse conteúdo e confira o que dizem os estudos científicos sobre o tema!
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Como funciona o tratamento de epilepsia com cannabis?
A cannabis no tratamento de epilepsia é geralmente usada nos quadros de epilepsia refratária — visto que esses pacientes não costumam responder às soluções convencionais.
Diante disso, os médicos utilizam esse método alternativo para controlar as crises.
Para adotar esse tratamento, é necessário possuir a devida recomendação médica, que também indicará a dosagem adequada.
Inclusive, essa receita é necessária para a compra dos produtos no Brasil (se forem regulados pela ANVISA) ou para obter a autorização de importação.
A boa notícia é que, mesmo o medicamento não sendo regulamentado, o processo de autorização é realizado administrativamente, através do site, sem precisar mais da justiça.
Evidências científicas da cannabis no tratamento de epilepsia
Uma pesquisa realizada pelo Imperial College London demonstrou que a cannabis pode reduzir até 86% das crises em crianças.
Isso acontece, pois o canabidiol consegue controlar as descargas de neurotransmissores nos neurônios pré-sinápticos, reduzindo a quantidade e intensidade das convulsões.
No entanto, esse não é o único estudo favorável a cannabis no tratamento de epilepsia:
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A administração crônica do canabidiol evita a progressão da doença, segundo estudo feito pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP;
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O uso terapêutico do canabidiol está associada a redução da frequência de crises e melhora global da qualidade de vida dos pacientes com epilepsia refratária, segundo estudo publicado na Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria;
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A cannabis no tratamento de epilepsia resulta na redução da frequência de crises convulsivas em pacientes da síndrome de Lennox–Gastaut (rara), segundo artigo publicado na revista The New England Journal of Medicine.
Outros estudos e pesquisas também demonstram os resultados positivos da substância no tratamento da doença, especialmente em relação à redução de crises e melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Como usar a cannabis no tratamento de epilepsia?
Para adotar esse tratamento, o primeiro passo é procurar um médico que atue com esse método alternativo.
A partir das consultas e exames, o profissional determinará se o tratamento é realmente indicado para seu quadro, estabelecendo a substância e a dosagem diária adequada.
Em seguida, você deve adquirir o produto em uma farmácia ou, se não houver a regulamentação no Brasil, requerer o pedido de autorização de importação no site da ANVISA.
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