Talvez você não saiba, mas a maconha foi descriminalizada e liberada em alguns estados do Estados Unidos, inclusive, muito desses locais é permitido o uso não somente medicinal, mas recreativo. Até novembro do ano passado já foram contabilizados 50 entre estados e distritos. E quando falamos “uso recreativo” é isso mesmo que você está pensando, as pessoas podem fumar maconha ou consumir como ingrediente de alimentos. Ou seja, ficar chapado de forma LEGAL já faz parte da história de vários lugares do país. Além disso, acreditam que a LEI poderá fazer parte de outros estados também.
Se você acompanha a gente no Instagram, deve ter visto um vídeo que postamos da pessoa entregando o baseado em locais públicos, inclusive a fila para pegar estava bem grande. Além disso, após legalizado, a ideia de dar maconha para a população foi uma proposta que partiu de alguma instituição como uma forma de incentivar a vacinação contra o COVID 19. Ou seja, quem tivesse vacinado, pegava a fila para ganhar a verdinha. Se não tiver acreditando, pode dar uma checada nesse vídeo.
A realidade é que, geral ou quase, tem visto o benefício da planta em diferentes setores da sociedade. E isso, nem somos nós que estamos falando, mas os estudos. Continue lendo o texto para entender mais.
O Impacto da legalização da maconha no EUA
Como dito acima já são 50 estados e distritos do país que têm regularizado a Cannabis na sociedade. Alguns com a permissão só com foco no medicinais, e outros vão além. Por exemplo na Califórnia, Colorado, Oregon, Massachusetts, Washington, Maine, Nevada, Distrito da Columbia, Idaho, Illinois, Kansas, Michigan, Vermont, Alasca e Maine já faz alguns anos que é permitido o uso recreativo e a comercialização de maconha.
Segundo a Revista Fórum: “ Os eleitores de Oregon votaram por descriminalizar todas as drogas. De acordo com informações do The Guardian, as pessoas que forem pegas com pequenas quantidades de heroína, cocaína e LSD não serão presas, mas sim multadas e encaminhadas para programas de recuperação. A medida contou com apoio de grupos ligados à reforma da justiça criminal dos EUA, que mobilizou o debate durante as eleições. O objetivo da medida aprovada no Oregon é que as questões das drogas sejam tratadas como assuntos de saúde pública e não na esfera criminal. A medida também prevê que os tratamentos sejam custeados pelos impostos recolhidos com a comercialização da maconha. As pessoas que forem presas com pequenas quantidades de drogas pesadas não vão mais a julgamento, mas, terão de pagar uma multa de US$ 100. Além disso, os usuários de drogas pesadas serão encaminhados para centros de tratamento”.
Observa-se que a legalização da maconha tem sido um sucesso em diferentes lugares e em vários aspectos, por exemplo no setor financeiro/econômico, que ao legalizar o uso da planta obteve aumento na arrecadação de impostos para os estados. E isso tem permitido que seja investido o dinheiro em programas de saúde, educação e segurança pública. Estudos apontam que a legalização também ajudou a reduzir a criminalidade relacionada à maconha, já que agora as pessoas podem comprar legalmente em vez de procurar no tráfico.
De acordo com um artigo da Arch Daily de junho de 2022: “A receita tributária da maconha gerou, apenas no ano passado, mais de 2 bilhões de dólares nos estados legalizados, e deve crescer para quase 12 bilhões de dólares até 2030, ultrapassando as receitas fiscais arrecadadas com a venda de álcool, de acordo com estrategistas da Barclays. Para os estados que tributam a venda de produtos canábicos, já houveram benefícios significativos que ajudaram a desenvolver ainda mais cidades e vilas menores. Isso torna as ruas mais seguras e garante verbas para novos projetos municipais, empresas locais, subsídios para locatários de baixa renda, além de melhorias nas escolas públicas e nas redes de água e esgoto, bem como em projetos significativos de infraestrutura.
(Imagem retirada de archdaily)
Embora o foco seja na maconha como uso recreativo, também foi observado que mais um impacto positivo da legalização da maconha é em relação ao aumento da disponibilidade de maconha medicinal. Isto é, facilitou o acesso a tratamentos médicos baseados em maconha. Por exemplo em Maryland, que legalizou apenas para uso medicinal, foi percebido que quando as empresas de conservas de lá entraram em colapso, a indústria da maconha pode utilizar a infraestrutura existente como uma oportunidade para começar a cultivar e fabricar produtos de maconha medicinal, fomentando a promessa de comércio para as comunidades vizinhas. Outro impacto positivo observado foi na cidade de Illinois que, após a legalização do uso recreativo da maconha houve a valorização de imóveis na região, pois a arrecadação tributária contribuiu parcialmente para a segurança das ruas, e assim a demanda por moradia em certas áreas começou a superar a oferta disponível.
Segundo o artigo da Arch Daily: “Embora agora a receita tributária gerada pela maconha representa apenas uma pequena porcentagem do orçamento de um estado, ainda assim é um fluxo de receita que não existia há uma década. Os estados que legalizaram a maconha viram um mercado legal e mais responsável, que gera bilhões de dólares a cada ano, com números crescendo rápido nas próximas décadas. O potencial de receita está apenas arranhando a superfície, especialmente porque o estigma em torno dos produtos e seus efeitos começa a se desgastar lentamente. Muitos legisladores estão começando a imaginar orçamentos ainda mais favorecidos por fluxos de impostos no futuro, onde um dia talvez uma parcela significativa de nossa infraestrutura pública seja financiada por essa fatia do bolo.”
Em resumo, como se trata de legalizações ainda recentes, especialistas estão observando o impacto na sociedade, tanto pelo lado negativo como positivo. Sobretudo, até o momento já perceberam muitos pontos que de certa forma tem efeito positivo em vários assuntos da sociedade, como a diminuição da criminalidade, pois desde então, houve uma queda significativa de violência relacionada ao tráfico de drogas, como também, a redução da população carcerária, associado a pessoas que eram presas por posse de maconha. Ou seja, os benefícios aparentemente têm sido vistos como relevantes, pois os impactos sociais, econômicos, estruturais, na saúde e outros, têm sido em sua grande parte mais positivos. E claro, a população maconheira também se beneficia de curtir a planta em paz, sem ser preso ou julgado por isso.
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